Shymalan em sua zona de conforto.
Quem é fã de carteirinha do diretor, como eu sou, vai ficar satisfeito, estão lá todos os elementos típicos dos filmes dele, mas deixa aquele gostinho de quero mais.
O roteiro lembra muito um dos melhores da filmografia dele, A vila, segura bem o mistério até o final, mas exatamente na hora de revelar a trama é que o roteiro "morre na praia" (e isso é um trocadilho infame)...
E quem traduziu o título para português brasileiro ainda ajuda a dar uma afogada, entregando o tema. A sinopse é uma praia em que as pessoas estão presas e envelhecem mais rápido. Por mim teria deixado "Velho" mesmo.
Bom filme, boas atuações do elenco (que sempre traz o diretor em uma ponta) mas o grande pecado do filme talvez seja destacar os poucos efeitos efeitos especiais e cenas na água e não investir na construção psicológica dos ótimos personagens e seus conflitos dentro da história.
É o que o Split consegue fazer de forma magistral, mas que o próprio Shymalan detona depois em Glass.
O roteiro esboça isso mas tinha potencial para ir muito, muito mais profundamente nesse aspecto, além do que o filme chega.
Parte das quase duas horas de filme com certeza poderia ser melhor aproveitada para tensionar mais o drama de cada personagem, pelo menos a família no centro da trama, mas também os outros hóspedes que estão na praia e até mesmo o gerente e seu sobrinho e também o motorista, que são coadjuvantes na história.
Nota 8, recomendo, mas se vc não viu esses outros mencionados aqui, então vc ainda não viu o melhor do Shymalan, por exemplo em A visita.
https://www.imdb.com/title/tt10954652/
Nenhum comentário:
Postar um comentário