Indicado para palma de ouro e vencedor de melhor ator em #Cannes2022.
Eu já não tinha curtido muito o anterior do diretor Kore-eda Hirokazu: Shoplifters, mas não vi Ninguém Pode Saber (2004) e nem Pais e Filhos (2013). Em todos eles trata-se dos dilemas morais nas relações familiares. Nesse es[ecficamente o tema é o abandono infantil e adoção ilegal.
A sinopse é a história de dois homens que se dedicam ao tráfico de bebês na Coreia do Sul. Eles se aproveitam de uma caixa instalada em uma igreja, onde mães podem deixar seus filhos recém-nascidos de forma anônima, para vendê-los a casais ricos que não podem ter filhos biológicos. Uma das mães se arrepende e volta para recuperar seu bebê, e acaba se envolvendo com os criminosos, que estão sendo seguidos por duas policiais e mostra os diferentes olhares dos envolvidos.
O argumento é ótimo, tanto que foi indicado em Cannes, porém o ritmo é lentíssimo... até completar as 2h e 10min da película.
O filme é estrelado por Song Kang-ho, ator principal de Parasita, que ganhou o prêmio de melhor ator no Festival de Cannes de 2022 que faz o líder da dupla de traficantes.
"Repleto de dilemas, Kore-eda opta pela mistura entre cinismo e bom humor no desenrolar de suas narrativas, sem abrir mão do sentimentalismo. Existe uma exaltação do erro humano em Broker: Uma Nova Chance, e através dele a busca constante para se fazer a coisa certa." (A Odisseia)
"Para isso contribui muito a figura bonachona de Song Kang-ho. Ele interpreta Sang-hyeon, um vigarista que se associa a Dong-soo (Gang Dong-won), um funcionário de uma paróquia de Busan onde existe uma baby box. Essas polêmicas caixas, muito comuns em grandes cidades sul-coreanas, servem para que mães abandonem anonimamente os filhos recém-nascidos que não têm condições de (ou não desejam) criar." (O Globo)
"O filme é belo pelo caos que retrata, mas também frustrante pela falta de profundidade com que trata seus personagens. Kore-eda parece mais interessado em mostrar o funcionamento do mercado ilegal de adoção do que em explorar as motivações e os sentimentos dos envolvidos." (Folha de S.Paulo)
"O problema é que o filme não consegue equilibrar bem o tom entre o drama e a comédia, e acaba soando superficial e inconsistente em alguns momentos. Além disso, o roteiro peca por apresentar soluções fáceis e previsíveis para os conflitos, deixando a impressão de que o diretor quis amenizar a gravidade do tema." (Cinepop)
"O filme também peca por não desenvolver bem os personagens secundários, como a dupla de detetives e os casais que compram os bebês. Eles são meros coadjuvantes que servem apenas para mover a trama, sem terem suas histórias e personalidades exploradas. O resultado é um filme que desperdiça o potencial de seu elenco e de seu tema." (Cinema em Cena)
Nota 5. Recomendo só para os cinéfilos sistemáticos que seguem lista de festival...
Disponível em vários serviços de streaming.
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