Indicado a palma de ouro e vencedor do Grande Prêmio em #Cannes2024 e indicado a filme estrangeiro no Globo de Ouro e #Bafta2024 mas esnobado no #Oscar2025.
Dirigido pela cineasta indiana Payal Kapadia, não conheço os filmes anteriores.
A história segue duas enfermeiras, Prabha e Anu, que enfrentam dilemas pessoais e culturais na sociedade indiana profundamente marcada por regras patriarcais.
Não gostei muito do roteiro e do ritmo, mas é bem bacana a forma como a cidade de Mumbai é mostrada como pano de fundo, assim como a vila litorânea de Ratnagiri. Mostra a essência da vida urbana de Mumbai, destacando cores, movimentos e a impermanência que conecta e repele as pessoas. A abordagem visual é marcada por cenários noturnos iluminados por luzes neon, que criam uma atmosfera melancólica e introspectiva - daí talvez o título.
Também é legal como a fotografia destaca os rostos femininos, colocando as mulheres como protagonistas ativas diante de uma sociedade machista. Vale também pelo fato de que geralmente filmes que chamam mais atenção sobre enfermeiras envolvem um contexto de guerra, mas esse não, mostra pura e simplesmente a rotina do hospital.
Prabha é uma enfermeira casada mas cujo marido está ausente, que utiliza o trabalho como escape de sua realidade dolorosa. Anu é uma jovem que sonha com um lugar tranquilo para encontrar seu namorado, mas enfrenta a pressão dos pais para um casamento arranjado. A narrativa é simples e vai abordando os arcos de outros personagens com histórias paralelas que exploram temas como amor, amizade e dignidade humana.
Resumindo, uma abordagem muito realista das incongruências do amor, sem glamour nem romance, e que consegue mostrar com fidelidade o contexto sócio-cultural da Índia com um olhar interno, de uma maneira diametralmente oposta aos estereótipos de Bollywood.
Dou nota 6, recomendo.
Disponível Telecine e Prime Video.
Nenhum comentário:
Postar um comentário