Bom filme, na esteira do
especial de TV de 2017 Stepan Nercessian continua encarnando essa bela
homenagem.
Eduardo Sterblitch também esta bem no papel do jovem
Chacrinha.
O roteiro é simples e despretensioso, até um pouco
repetitivo, comparado com Bingo que é outra ótima biografia, é ate mesmo
ingênuo mas leva minha nota 8. Recomendo.
Não podemos deixar o cinema
nacional morrer, de novo.
Apesar do título e natureza mais sombria esse não é exatamente um filme de terror.
Ele está mais para thriller dramático, lembra um pouco O pássaro pintado, mas não chega aos pés em nenhum aspecto. Perto desse é até leve.
A sinopse é um grupo de crianças e adolescentes resgatados de um campo de concentração ao fim da 2a guerra que fica preso sem água sem comida em um casarão abandonado, cercado de cachorros famintos treinados pelos nazistas.
O filme não vai muito além de argumentar que "o lobo do homem é o próprio homem". Há outros do gênero que fazem isso bem melhor, como o que está mencionado acima.
Nota 6. Recomendo só para quem gosta desse gênero.
Bom filme argentino, comédia dramática, com ótimo elenco.
Como anda se tornando o padrão atual, produção do ator principal Ricardo Darin.
O roteiro - adaptado de um livro - não tem nada de espetacular mas é bem redondinho, a sinopse é um grupo de amigos em uma pequena cidade do interior da Argentina que tem as suas economias roubadas por um gerente de banco, e arma um plano francamente amador para tentar recuperar o dinheiro.
Segue mais ou menos a linha das comédias de assaltos planejados, mas sem exageros mirabolantes, o filme tenta ser bem realista ao inserir os personagens na trama com suas virtudes e defeitos, bom entretenimento com espaço para boas atuações de todo o elenco.
Nessa linha eu prefiro as comédias inglesas do Guy Ritchie como Snatch (o longa e as duas temporadas da série) e Jogos, trapaças e dois canos fumegantes.
Recomendo, nota 7. Ainda não assisti a série A casa de papel, mas pelo jeitão acredito que quem gostou dessa série deve gostar desse filme também.
Padrão no estilo do diretor - o homem mais velho da indústria do cinema que se envolve com uma mulher mais nova, nesse alternando entre Los Angeles e Nova Iorque.
O destaque fica para o Jesse Eisenberg que está bem no papel de namoradinho paciente, mas nenhuma brastemp, um pouco melhor que a Kristen Stewart.
Como sempre também, destaca-se a trilha sonora, com Jazz do bom, bem como cabe um elogio para a direção de arte, figurino e cabelos/maquiagem.
Nota 6, não entra nos top 10 do diretor, mas para quem é fã, merece conferir.
Nesse, o argumento parte do inusitado encontro de quatro recém-órfãos adolescentes e pré-adolescentes que se encontram no velório dos seis pais e resolvem formar uma banda de rock.
O ponto alto do filme é a fotografia altamente experimental que usa quase tudo que se possa imaginar e toda a paleta de cores berrantes, encaixando as histórias contadas como capítulos como fases de um videogame.
Cada cena é uma metáfora visual sem medo de errar ou exagerar. Milhares de referências, até de A Profecia.
Adorei, afinal a única certeza desse jogo é que um dia chega o game over.
Nota 8. Recomendo só para quem gosta de filmes esquisitos que dão satisfação quando vc acha que entendeu a mensagem.
Frankenstein,
narrado em 1a pessoa e com mais alcool em gel, em 2084.
O texto é muito
bom, uma interessante reflexão sobre o sentido da morte (isso mesmo).
Só que o roteiro, a montagem e a fotografia nao ajudam...
O ponto alto é
a inserção de uma cena com o Willem Dafoe, do filme a última tentação
de Cristo em que na hora da ressurreição, ao invés de sair pra fora
Lázaro puxa Jesus para dentro.
Aumentei a nota para 8 só por isso.
Recomendo para quem gosta de sci-fi.
Como agora mais do que nunca para o
resto do mundo nós somos uns burros, foi lançado aqui com título
projeto Lazaro e acho que depois corrigiram para Reviver.
Provoca estranhamento e reflexão já começando pela língua e
ausência de trilha sonora.
Mas o argumento é que é o mais surpreendente:
depois da morte as pessoas tem uma semana para escolher a lembrança
mais importante de suas vidas, para levar consigo por toda a eternidade.
Uma equipe de produção se encarrega de recriar a lembrança escolhida em
um filme.
Metacinema para deixar qualquer um incomodado.
Resgatei esse comentário que coloquei no facebook em 2017 para deixar aqui, conectando com alguns outros bons filmes orientais sobre o tema da morte:
A partida - talvez o melhor e mais delicado que já assisti;
Um dos mais belos que vi e ouvi nos últimos tempos!
Indicado a melhor documentário em #Berlim2020.
Narrado em português de Portugal, com muita poesia visual, mas principalmente fonética e sonora.
Um conto de memórias e Memória, meticulosa e belíssimamente construído imagem a imagem, palavra a palavra, som a som.
Portugal é o Mar.
Aqui é contada a história de um marinheiro e sua família, na voz da diretora, sua neta e de um dos seus filhos, pai da narradora. Ele muito amava a esposa, talvez menos que o Mar.
Lembra um pouco Elena, mas é mais humilde e mais denso, edição sonora e fotografia deslumbrante.
E como sói serem as memórias, atemporal. A ordem em que se conta a história não é o mais importante.
E ao escolher o tema da família e da morte, universal.
Os pais biológicos que nos colocam no mundo e a Morte que dele nos tira nos igualam.
Nota 10. Recomendo para quem gosta de filmes de arte.
O roteiro é desconcertante, deve ser por isso que ganhou em #cannes2018.
No início achei que seria outro Me chame pelo seu nome, mas uma
reviravolta traz vários acontecimentos inesperados.
A história é centrada em um jovem camponês de uma família vivendo em regime de semi escravidão em uma fazenda de tabaco e como ele sobrevive aos que o subjulgam.
Se vc gosta de
filmes de ação com o roteiro hollywoodiano clássico, não assista, você
nem vai saber o que perdeu... Nota 8, recomendo!
Indicado a melhor filme e merecido vencedor de melhor roteiro no festival de #Veneza2020.
Bom filme, com abordagens muito interessantes do eterno tema família, frequente no cinema italiano. Vide os comentários que coloquei aqui sobre Favolacce, Euforia, Lazzaro Felice. Até mesmo o inocente e adocicado Coloquei a vovó no freezer.
Aqui na minha dvdteca tenho o ótimo Parente é Serpente, mais antigo e lembra também o Decameron e os Canterbury Tales do Pasolini.
Cómédia ácida, com elementos de humor mórbido e meio nonsense. A história se desenvolve basicamente em torno das interseções entre duas famílias, uma de médicos e outra envolvida em comércio legal e ilegal de armas.
O ponto alto é o respeito e a confiança na inteligência no espectador, pois o roteiro não se preocupa nem perde tempo em explicar muito quem é quem e investe direto na caracterização dos personagens.
Aponta situações comuns em qualquer família, independente da classe social, por exemplo a hipocrisia, adultério, e muito mais.
Na verdade há diversas inversões e conexões implícitas ou propositalmente escondidas bem bacanas em termos dos comportamentos que seria esperado encontrar nas duas famílias.
O título e o cartaz já apontam que é um filme sem heróis, cada um está por conta de si mesmo, o que põe o dedo em uma das maiores feridas sociais dos nossos dias.
Muita preguiça, mas vá lá, os adolescentes gostam, fazer o quê.
Intermináveis duas horas e quinze para a mesma coisa tudo de novo outra vez, tudo que vende sempre pode vender mais um pouco.
Como o personagem já morreu alguém pensou "não tem problema, vamos filmar um flash back" com a irmã e com a mãe adotiva dela.
Lá pela metade o roteiro até que mostra um bom humor que deveria ter sido escolhido como a veia principal, mas só que não, é mais do mesmo, mesmo.
Isso aí é igual ao funcionário do SBT que um belo dia teve a ideia de colocar três números no mesmo cartão da telesena e falou "vamos vender pelo triplo e a pessoa ao invés de ter 1 chance em 50 milhões terá 3 chances em 50 milhões"...
Nota 6, recomendo só para quem já assistiu os outros 23 filmes dessa franquia, ajudem a Marvel aí que desde 2008 só arrecadou 21 bilhões de dólares com essa bagaça.
E lógico que a atriz não ia deixar barato uma quebra de contrato.
Outro dia postei uma música do Karnak para comentar um filme francês, essa série também merece.
A sinopse é uma faxineira turca, que tem um filho no espectro autista e vai atrás do marido que saiu da prisão, eventualmente se tornando serial killer no processo.
Nota 7, lembra um pouco o filme Psicopata Americano, vc já fica esperando como ela vai matar o próximo...
Tem as locações bacanas em Istanbul, e não tem como não lembrar dessa música do Karnak:
Maria Inês - Karnak
Meus amigos vou contar, eu vou contar para vocês
Uma historia muito triste, a história de maria inês
Era casada com antônio. o antônio de muringa
Que tomava muita pinga e ficava trololó
Chegava em casa lhe enchia de porrada
Ficava toda inchada e o ódio começou a subir
Foi pra cozinha pegou a faca de corte
Tava cheirando a morte e ela começou a esfaquear
E cada golpe que maria dava, lembrava de uma porrada
Que vivia a receber e cada corte que maria fazia
Lembrava da agonia sua alma num vai esquecer
Matô, matô, matô pra se salvar
Pegô a mula que já estava bem velhinha
Foi bem de madrugadinha ela teve que fugi
E o delegado de muringa era o tonhão
O azar dessa maria ele era do antônio irmão
E ele foi atrás dessa muié muito mais pela vingança
Do que pela justiça e ela ficou de mutuca no morrinho
E quando o tonhão passou, ela pulô no seu pescoço
Tirô a faca da cintura e furô aquele moço
Que era irmão do seu marido que acabara de matar
Matô, matô, matô pra se salvar
João augusto era filho de tonhão
Ficou muito indignado porque o seu pai se foi
E quem matou foi sua tia que um certo dia até que ele gostou
Pegou a arma do armário do seu avô
Era um bacamarte velho, muita vezes ele usou
E foi atrás de sua tia assassina, isso era a sua sina
Ele tinha que matar
Mas maria, quando viu joão augusto, ficou paralisada e começou a rezar
E o muleque apontou na sua cabeça
A maria viu a morte e começou a chorar
Mas a arma que joão usava ela era muito usada e o gatilho emperrou
E antes que o rapaz pensasse, a maria pegou a faca
E o esfaqueou.
Matô, matô, matô pra se salvar
E todo mundo da cidade de muringa
Ficou com muito ódio da mulher que só matava
E os home se juntaram lá no morro
Eram mais de 30 cabra, tinha também uns cachorro
E foram atrás daquela mulher maluca que tava com o demo
Mais feroz que um cão, foi ela que matô joão augusto, o antônio seu marido e também matô tonhão
Encontraram ela lá no matagal fazendo uma fogueira
Pá comer um tal calango
Calango tango do calango da lacraia
Os home puxaram a faca pá matá maria inês
Maria inês pegou a faca
Maria inês pegou a faca
Maria inês pegou a faca: me mato!
Ninguém me mata!
Pegô a faca na frente de todo mundo
E se matô cortando seu pescoço
E os home ficaram tudo olhando
E ficaram perguntando porque existe tanta dor
Split
ganhou minha nota 9, mas é triste ver o Shymalan queimar o personagem
do psicopata para inventar essa trilogia...
Novo show de atuação do
James McAvoy que incrivelmente foi preterido no oscar, B Willys vovô
durão de sempre e que grana fácil para o SL Jackson fazer um filme com
90% das cenas calado hein.
Corpo fechado não é o melhor do Shymalan e
esse tb não é nenhuma brastemp.
Algumas cenas bacanas pelos planos de
filmagem inusitados, mas é só.
Roteiro e final ruins, comprido demais,
exagerado demais,
Muito esforço só para mostrar que conseguiu reunir um
elenco de novo e usar umas cenas que não entraram e ficaram guardadas.
Achei que o diretor tinha voltado à velha forma, só que não.
Nota 6.
Recomendo só para quem tem TOC e já viu os outros dois.
Boas atuações da Hellen Miller e do Ian McKelen, ambos veteranos que encaram qualquer papel.
O filme começa com um bom ritmo, sem grandes novidades no roteiro, dois idosos que se encontram por meio de perfis falsos na internet, um deles é golpista, até aí tudo bem.
A história vai se complicando à medida que os dois se aproximam, o problema é quando a trama se revela, para fugir do final que já era esperado, o roteiro exagera demais na história, passando a depender de flashbacks e longos diálogos de explicação que acabam por tirar a graça da primeira metade.
E nisso os arcos dos vários personagens coadjuvantes ficam completamente perdidos.
Seria melhor se tivesse seguido como thriller entre a comédia e o crime, como os clássicos Os Safados e sua refilmagem (ruim), As trapaceiras. Ou a sequência Ocean's eleven.
Bom filme, produção executiva do Dev Patel, que faz também o papel principal.
Uma das virtudes do filme é que pelo menos tenta fugir um pouco dos papéis melodramáticos que o Patel em geral faz e ao mesmo tempo o principal defeito é que apesar de um bom roteiro que se inspira nos chavões do 007 James Bond, acaba errando a mão no romance...
A sinopse é um criminoso pago para sequestrar uma noiva e as coisas dão certo e errado de maneiras inesperadas.
A escolha da atriz Radhika Apte foi acertada e não foi gratuita. As locações em várias cidades da Índia, inclusive as praias de Goa são o ponto alto do filme.
Começa com um ótimo ritmo bem nervoso na parte do sequestro e parece que vai manter a mesma tensão de Hotel Mumbai, com assassinato a sangue frio e tudo mais, mas parece até que demitiram o roteirista na metade do filme e o que começa como um bom thriller acaba como outro gênero...
Thriller manifesto contra a violência e feminicídio, um tanto incomum para os padrões machistas com que esses temas são geralmente retratados nas telas.
Acho que infelizmente minha sensibilidade não deu conta de captar tudo que a diretora quis passar, com certeza o filme vem carregado com uma perspectiva de gênero, a sinopse é uma mulher solitária que faz justiça com as próprias mãos ajudando a outras que como ela mesma sofrem nas mãos dos maridos.
Na verdade vai além porque ela também pune mulheres que violentam os filhos.
Mas não dá conta dos próprios conflitos e incongruências pessoais.
Personagem bem interessante, boa atuação da atriz Olivia Wilde, mas como disse acho que da minha perspectiva, não consegui captar todas as camadas, achei que o roteiro acaba caindo no mesmo lugar que pretendia criticar...