Bom entretenimento para os fãs do gênero, mas o filme é excessivamente ambicioso e apesar de uma finalização extremamente competente, considerando o baixo orçamento, não tem fôlego para enfrentar à altura todas as questões filosóficas e conceituais que propõe.
Exibido em #Sundance2019 e comprado pela Netflix.
A história se passa em uma instalação tecnológica que usa todas as referências clichês que estamos acostumados: portas de correr, corredores longos, alarmes com luzes vermelhas e principalmente, os robôs.
O complexo é comandado por um único robô-mãe, responsável por cuidar de 63 milhões de embriões humanos, destinados à recolonização da Terra, após a extinção da raça humana.
Vemos então o trabalho do robô que descongela o embrião, processa a gestação e literalmente cria e educa criança, desenvolvendo uma conexão de mãe e filha, até que um belo dia aparece do nada uma outra humana, dando uma guinada na narrativa até o desfecho.
Os mais distraídos correm o risco de chegar ao final sem entender, para não dar spoiler vou apensa enfatizar para prestarem atenção aos textos que aparecem na tela.
O roteiro até fecha os arcos razoavelmente, mas tem alguns furos e usa acontecimentos pouco prováveis, mesmo dentro do cenário e universo construído pela história, para apostar nos temas conceituais da maternidade, humanidade, livre-arbítrio, ética, etc., que outros filmes parecidos, recentes e antigos tratam com mais propriedade.
Para citar alguns poucos antigos, 2001, 2010, Contato, Inteligência Artificial, Duna.
E entre os mais recentes, as séries Love, Death + Robots, Electric Dreams, Altered Carbon e Westworld.
Nota 6, mas assista!
Pelo menos é bom ver a Hillary Swank atuando.
Depois de ver o filme confira esse vídeo do youtube uma entrevista com o ator Luke Hawker, mostrando como foi feito o robô:
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