Elenco e aparência grandiosos para um resultado francamente modesto...
Destaque para o Christian Bale que se esforçou muito e deve pegar uma indicação para o #Oscar2023.
E a trilha sonora também vá lá, merece.
Mas se vier para a Margot Robbie ou qualquer outra indicação para o filme será por conta do viés comercial do oscar, pois o filme deixa um pouco a desejar em termos de roteiro e principalmente de montagem, com várias cenas repetidas, duvidando da capacidade do espectador...
O design de arte lembra um pouco os filmes do Wes Anderson, tem vários comentados aqui no blog. Se bobear é imitação barata mesmo...
Mas o filme acaba perdendo a mão, mesmo partindo de um argumento não muito original mas sempre interessante do amor ou amizade em um triângulo amoroso. E emperra com uma comédia dramática fechada em si mesma.
No caso os três amigos - dois homens e uma mulher - se conhecem durante a Primeira Guerra, vivem o seu affair por um período depois da Guerra em Amsterdam e voltam a se encontrar na década de 1930, a partir de uma trama envolvendo um assassinato.
Infelizmente, apesar de atuações muito competentes de todo o elenco, o roteiro não cola nem decola, e não alcança outras produções parecidas como Silver Linings Playbook, Os sonhadores, Lendas da Paixão.
As outras "estrelas" como Rami Malek, Chris Rock e o Robert de Niro acabam ficando ofuscados no roteiro confuso. E na hora que o filme levanta alguns temas legítimos como fascismo e racismo, provavelmente o público já desviou a atenção...
Se pensar bem é um papel bem parecido que o C Bale interpretou no bom Trapaça, pelo qual foi indicado melhor ator - o filme foi indicado em dez categorias e não ganhou nenhuma... Na verdade o Silver Linings e o Trapaça inclusive são do mesmo diretor David Russel.
O antigo seriado nacional Armação Ilimitada resulta melhor.
Pena para os produtores, pois deve ter custado bem caro...
Recomendo, nota 7.
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