Ok pode dar o #oscar2023 para o Brendan Fraser, que se superou na carreira, mas a atuação não é assim taaao espetacular como a mídia está falando não. Aliás achei a indicação da coadjuvante Hong Chau mais merecida.
Fico com dó do Bill Nighy pois está sensacional em Living.
Em tempos de deputado fascista de peruca no plenário é muito importante refletir sobre os muitos comportamentos preconceituosos que temos no dia a dia, mas acho que mesmo nisso o roteiro não ajuda muito. Em algumas cenas, a atuação me remeteu ao Gato de Botas...
Mais que a maquiagem e atuação o que achei que salvou o filme foi a dinâmica das personagens, com um tipo de tensão que não é tão simples de conseguir em um elenco, destaque também para a jovem Sadie Sink (Stranger Things).
E como sempre a ótima Samantha Morton (Alfa em TWD) não precisa de muito tempo de tela e arrasou!
Eu não diria que é um ponto alto do diretor Aronofsky, está beeem abaixo de Mãe e Cisne Negro. Enquanto nesses anteriores o estranhamento é um elemento chave, em A Baleia, ele também está presente, mas ao longo do filme e principalmente no final descamba para um melodrama com um sentimentalismo que às vezes parece um pouco forçado.
É um defeito frequente em Hollywood, às vezes o filme erra na mão e acaba reforçando os preconceitos que queria criticar, e nesse caso os temas não são fáceis: depressão, homofobia, gordofobia, luto, paternidade, divórcio, suicídio, religiosidade e por aí vai.
Ok que as cenas mais escuras refletem o estado íntimo da personagem e ajudam a compor na tensão, mas a iluminação ficou exageradamente escura, nem dá pra ver o cenário direito.
Sem um foco de roteiro mais preciso, o filme não consegue chegar no peso que pretendeu.
Nota 6, recomendo para ajudar o Fraser a renascer na carreira, quem sabe não acontece com ele como aconteceu com o John Travolta e com o Robert Downey Jr (Homem de Ferro)?
Nos cinemas.
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