O título diz muito. Esse filme quer ser mega. Ambição utópica (ou distópica?) maior que o filme...
Francis Ford Coppola, um dos cineastas mais icônicos da história do cinema, retorna com um projeto que ele venha talvez sonhando por décadas... Ele é reconhecido por filmes marcantes e revolucionários como O Poderoso Chefão e sua continuação e Apocalypse Now. De certa maneira ele sempre foi um cineasta que se arriscou, explorando temas complexos e desafiando normas de Hollywood.
Nesse eu achei que tem muita influência do Godard na maneira de construir a narrativa e a estética visual. Vide minha humilde resenhazinha do Imagem e Palavra.
Elenco impressionante, incluindo Adam Driver como Cesar Catilina, Giancarlo Esposito como o prefeito Franklyn Cicero, Nathalie Emmanuel como Julia Cicero, Aubrey Plaza como Wow Platinum, Shia LaBeouf como Clodio Pulcher, John Voight como Hamilton Crassus III, Laurence Fishburne como Fundi Romaine, e Talia Shire como Constance Crassus Catilina.
Fica entre o drama e ficção. A trama se passa em uma cidade futurista e utópica chamada Megalópolis alter locus de Nova Iorque, onde o progresso tecnológico e a arquitetura avançada coexistem com profundas desigualdades sociais e políticas.
A história gira em torno de Cesar Catilina (Adam Driver), um arquiteto visionário e idealista que sonha em transformar Megalópolis em uma verdadeira utopia. Ele acredita que, através da arquitetura e do planejamento urbano, é possível criar uma sociedade perfeita onde todos possam prosperar. No entanto, seu sonho enfrenta resistência de Franklyn Cicero (Giancarlo Esposito), o prefeito da cidade, que está comprometido em manter o status quo e perpetuar a ganância e a desigualdade.
Para ser mega tem que ser simples.
Cesar encontra apoio em Julia Cicero (Nathalie Emmanuel), filha do prefeito, que compartilha de sua visão utópica e se torna sua aliada na luta por mudanças. Juntos, eles tentam convencer a população e os líderes da cidade a abraçar a visão de Cesar para um futuro melhor.
E só isso, porém graaaande na tela...
Segundo o site Literary Hub, O roteiro é inspirado em eventos históricos da Roma Antiga, a conspiração de Catilina, um senador romano que tentou derrubar a República Romana em 63 a.C. Lucius Sergius Catilina, o personagem histórico, buscou o consulado prometendo eliminar dívidas, mas foi derrotado por Marcus Tullius Cicero, que o denunciou no Senado.
E de mais a mais, imperialismo romano e americano é tudo farinha megalomaniaca do mesmo saco.
Com esse roteiro mixuruca e narcisistico sobra a fotografia que é tudo no filme, combinando elementos de ficção científica e influências clássicas da era majestosa do cinema, criando uma estética visual que certamente o comentarista de carnaval Milton Cunha chamaria de deslumbrante...
A outra parte do título com certeza é uma referência ao clássico Metropolis.
Enfim uma experiência cara do diretor (ele investiu US$ 120 milhões nessa brincadeira e para isso vendeu até uma vinícola).
Antes tivesse ficado com o vinho mesmo hein Coppola...
Nota 7, mas recomendo demais para arquitetos!
Nos cinemas.
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