Boa série de Sci-fi, com tom sarcástico muito bem humorado e usando bem os clichês. Mais um laser no alvo da Apple TV.
O título traduzido já provoca risadas. Melhor não.
Estrelada por Alexander Skarsgård, consegue pautar o tema atual da IA e fazer uma abordagem irreverente e profundamente humana das contradições que vêm com a liberdade, a empatia e o desejo de se desconectar do mundo.
Roteiro adaptado, o argumento envolve corporações que dominam a exploração espacial (para encontrar aliens, como sempre) e contratam robôs assassinos para proteger humanos em missões científicas.
O personagem principal é um desses robôs, que hackeia o próprio sistema, eliminando os seus comandos de controle e fica fingindo que ainda está sob domínio dos clientes, enquanto assiste compulsivamente a novelas de sci-fi parecidas com Star Trek.
Ele é forçado a interagir mais com os humanos e acaba fazendo conexões emocionais (!!!). Ao longo da temporada, acompanhamos o dilema entre o seu instinto assassino e uma crescente consciência ética, tudo narrado em primeira pessoa com comentários mordazes e um olhar mais que cínico sobre a humanidade.
Ou seja, acerta no essencial para qualquer obra de dramaturgia: o texto, que envolve nomes vindos de produções como The Expanse e Mr. Robot. A seu modo é parecida com Resident Alien.
Ótima sacada dos mini-episódios das novelas dentro de cada episódio.
O ator principal consegue passar nuances sutis entre apatia, angústia existencial e sarcasmo puro. A performance evita caricaturas e torna o personagem tragicamente bem engraçado.
O design de produção não é espetacular, é mais econômico em termos de efeitos, sets e cenários, mas não decepciona.
Enfim bom entretenimento, nesses tempos de sobrecarga tecnológica e busca de sentido em que nós, os robotizados, nos esforçamos para ser quase humanos...
Nota 8, recomendo.
Apple TV.
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