Que belíssimo filme! Merece todos os prêmios que ganhou, melhor filme estrangeiro no #oscar2013, indicado para melhor filme, roteiro, triz e diretor no mesmo ano, palma de ouro em #Cannes2012 e dezenas de outros.
A Emanuelle Riva (1927-2017) naquele ano foi a atriz mais idosa a ser indicada e poucas vezes vi uma atuação tão monumental, mesmo assim perdeu para a Jennifer Lawrence. (A mesma coisa aconteceu com a Fernanda Montenegro que perdeu para a Gwyneth Paltrow em 99).
Eu cuidei de uma tia com Alzheimer por três anos, então posso falar de cadeira que as situações e emoções no filme são muito realistas.
A abertura do filme é uma lembrança direta e crua da própria finitude, já sabemos como a história termina.
Assim também a forma como a Música entra na história: toda obra musical tem um desfecho.
Deixa a gente pensando no quão vazio pode ser o final da vida mesmo com alguém que se dedique integralmente a cuidar de você, e de como é fundamental viver aproveitando cada dia.
Me remeteu à jovem Morte de Neil Gaiman. É um filme para quem não é tabu pensar nesse tema e tudo que o rodeia: as perdas, a família, o dinheiro, etc. etc. A morte, chegue como chegar, revela o quanto há de humano em cada ser humano.
Nota 8 e recomendo só para quem não tem medo de refletir sobre a velhice e o quanto ela pode ser devastadora, menos para com o Amor.
Se você gosta de cinema "fast-food" para ficar babando e comendo em frente a TV, passe longe.
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