O filme e o documentário foram ambos produzidos por Joe Berlinger. O título do filme é literalmente extraído da sentença proferida pelo juiz, representado pelo John Malkovich, que rouba a cena.
Num momento em que a violência contra a mulher está sendo um pouco mais pautada, recomendo ambos para refletir um pouco como a questão, para além das conotações sexuais, é de poder. Ambos o filme e documentário colocam em discussão uma questão que nem temos uma palavra em português para expressar, o chamado "gaslighting".
Segundo a wikipedia é "uma forma de abuso psicológico no qual informações são distorcidas, seletivamente omitidas para favorecer o abusador ou simplesmente inventadas com a intenção de fazer a vítima duvidar de sua própria memória, percepção e sanidade".
O julgamento teve cobertura televisiva ao vivo, com o próprio condenado atuando como advogado e cheio de detalhes bizarros - coloca em pauta também como a "justiça" perpetua esse estado de coisas, como demonstra o caso Mariana Ferrer, no Brasil de 2020.
E por fim levantam também a temática da pena de morte.
Aparentemente essa história fica centrada no assassino, mas ambos o filme e documentário conseguem entrar um pouco nas histórias das mulheres que se relacionaram com ele, as que morreram e as que sobreviveram, entre elas duas esposas, sendo que uma delas casou com ele de surpresa, no meio da sessão do tribunal e teve uma filha, concebida no corredor da morte. O documentário é dividido em quatro episódios de uma hora cada.
Nota 7 para o filme e 8 para o documentário, recomendo para quem quiser ter um lampejo sobre o que vai pela mente dos psicopatas.
https://www.imdb.com/title/tt2481498/
https://www.imdb.com/title/tt9425132/
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