Bom, filme, bom roteiro. Apesar de ate o cartaz o classificar no gênero horror/terror e ter muita cena com sangue e outros fluidos simbolizando sangue, somente as duas cenas finais caberiam totalmente nessa categoria. Ele é muito mais um thriller de tensão psicológica e insanidade, na linha do Iluminado ou talvez o Midsommar, mas não tem nem fantasma nem seita e na maioria das cenas a personagem fala baixinho e devagar.
Maud é uma ex-enfermeira que vai trabalhar como uma cuidadora na casa de uma ex-bailarina em estado terminal. O filme em essência trata do sofrimento mental e físico a que ela se submete numa angustiante jornada de auto estima destruída e muita culpa, ao mesmo tempo em que incorpora o papel de santa salvadora da sua paciente pecadora.
A cena inicial mostra uma ocorrência sangrenta no emprego anterior, que nunca chegamos a saber exatamente o que aconteceu - aí que está o pulo do gato desse roteiro - parece que tem algo sobrenatural acontecendo, mas tudo leva a crer que é muita loucura da cabeça dela, mesmo.
o roteiro tem poucos personagens, por isso consegue desenvolver satisfatoriamente os arcos de todos eles, numa trama muito bem tecida.
A nota no imdb está menor que 6, mas eu gostei - e olha que não curto muito esse gênero - dou nota 8.
Mas fica o aviso de que é psicologicamente pesado, na necrodistopia em que vivemos nesse março de 2021, só recomendo para quem for mais racional que emocional.
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