É o segundo filme que assisto desse diretor, o anterior que eu vi foi Amour.
Indicado para Palma de ouro em #Cannes2017, Drama pesado, curiosamente o filme que me lembrei assistindo esse foi o "Sem amor" que é do mesmo ano e também o ótimo Festa de família. Por aí se vê que a ironia do diretor já começa pelo título.
O filme inicia com uma adolescente filmando a mãe divorciada com o celular e postando em suas redes sociais e aí também já se coloca outra incongruência que o filme vai tratar, pois a temática de fundo é a ausência de comunicação e diálogo na família. A comunicação literalmente telefônica - e os seus ruídos - estruturam o filme.
Na verdade vai até mais além e o espectador meio que se sente entrando numa conversa pela metade, pois o roteiro não tem a mínima preocupação de explicar a história, arrogância típica que às vezes nos pauta em casa.
Um dos arcos da história é contado totalmente por uma tela de computador, mostrando somente o texto que é digitado pelo personagem, que deve ser lido por quem está assistindo.
Um nível subjacente do roteiro é a relação da família rica com a família dos empregados.
Ótimo elenco, com estrelas veteranas do cinema francês. A atriz mirim Fantine Harduin faz um ótimo trabalho representando uma pré-adolescente terrivelmente manipuladora.
Nota 8, recomendo. https://www.imdb.com/title/tt5304464/
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