quarta-feira, 2 de abril de 2025

A última showgirl (2024)


Neta do Francis Ford e sobrinha da Sofia, a diretora Gia Coppola vai se dando bem na carreira, pelo menos no casting, não conheço os filmes anteriores dela.

Indicação de melhor atriz no Globo de Ouro p/ Pamela Anderson e de atriz coadjuvante no #Bafta2025 para Jamie Lee Curtis.

Para mim não tem comparação a Jamie Lee está MUITO melhor no filme que a Pamela Anderson. Sua performance é intensa e cheia de carisma, especialmente a cena em que improvisa uma dança no meio de um cassino. 

Roteiro adaptado de uma peça, o filme narra o final de carreira de uma dançarina veterana de Las Vegas cujo espetáculo em que está há anos está para fechar. 

De certa forma combina com outros da temporada, como A substância e Maria Callas, explorando temas como etarismo na indústria do entretenimento, objetificação feminina e a luta por identidade. 

Bom também ver o Dave Bautista que estamos acostumados a só ver no papel de fortão, interpretando bem um papel dramático.

O problema é que o roteiro investe pouco nos arcos dos coadjuvantes, além dos dois acima ainda tem a filha que acaba não tendo o tempo merecido na trama.

A fotografia também podia ser mais explorada, potencializando a atmosfera de Las Vegas cujo conceito como cidade já é por natureza fake.

Enfim vale pelas boas performances dos coadjuvantes, a principal não me impressionou muito... Nota 6.

Disponível em vários streamings.

The Last Showgirl (2024) - IMDb

terça-feira, 1 de abril de 2025

Hard truths (2024)


A verdade é dura. duríssima...

O  cineasta britânico Mike Leigh retorna vinte anos depois do sensacional Segredos e Mentiras que tem destaque na minha dvdteca, com a mesma atriz Marianne Jean Baptiste, ambos indicados ao #Bafta2025.

O filme longa segue a trajetória de Pansy, e sua família completamente disfuncional, corroída pela sua depressão e ansiedade, de níveis apocalípticos.


É a comédia inglesa no seu melhor estilo ácido, aquele que tira o riso amarelo da tragédia mais triste.

Confiram os do Ken Loach que estão resenhados aqui no blog: The old oak,  Você não estava aqui, Eu Daniel Blake. Ou os episódios das ótimas séries A liga dos cavalheiros e Inside #9 (1), (2)

Não é exatamente parecido, mas o filme mais ou menos recente que me remete é o Coringa. Aliás tem uma cena em que ela vai do riso ao choro que é bem parecida.

Pansy luta contra a depressão e uma constante sensação de insatisfação, que se refletem em suas interações com os outros. Apesar de sua inteligência e profundidade emocional, ela vive atormentada por um senso de inadequação e uma incapacidade de encontrar paz em sua rotina.

Seu relacionamento com sua irmã mais nova, Chantelle, é o núcleo emocional do filme. Chantelle é o oposto de Pansy: alegre, vibrante e otimista, ela tenta incessantemente trazer luz para a vida da irmã mais velha. Ao longo do filme, as duas navegam pelos altos e baixos de sua dinâmica, com Chantelle frequentemente enfrentando o desafio de lidar com as explosões emocionais de Pansy. 

Hard Truths também aborda temas universais, como luto, alienação e a necessidade de conexão humana. Em meio aos momentos de tensão e conflito, há instantes de ternura e humor que trazem leveza à narrativa. Esses elementos fazem do filme um retrato poderoso e profundamente humano das verdades difíceis que todos enfrentamos em algum momento.

Nota 7, recomendo só para quem gosta do humor inglês em que vc ri pra dentro e cai morto engasgado.

Disponivel prime video (com vpn).

Hard Truths (2024) - IMDb