A língua é minha pátria
E eu não tenho pátria, tenho mátria
E quero frátria
(Caetano Veloso - Língua)
Sensacional! Eu ia dar nota 9 mas depois da cena em stop motion teve que ser 10!!
Entrada da Irlanda para o shortlist de filme estrangeiro no #Oscar2025, mas não foi indicado e merecia muito, também para canção original.
É sobre a importância da língua como forma de resistência cultural.
Vencedor de melhor filme britânico no #Bafta2025, e ao mesmo tempo indicado na categoria de Melhor Filme de Língua Não-Inglesa, competindo com produções como Emilia Pérez e Ainda Estou Aqui, prêmio do público em #Sundance2025.
Mistura de realidade e ficção, filme biográfico fictício, inspirado na trajetória real da banda Kneecap, um trio de hip-hop de Belfast que canta em gaélico irlandês. Os membros da banda—Móglaí Bap, Mo Chara e DJ Próvaí interpretam a si mesmos no filme.
Explora a formação do grupo e sua luta pela preservação da identidade cultural irlandesa, abordando temas universais de política, juventude, identidade cultural e resistência.
Embora seja focado no contexto eurocêntrico e a problemática política e social da Irlanda dentro do Reino Unido, inclusive os aspectos que envolvem o IRA (Exército Republicano Irlandês), explorando a luta pela identidade cultural irlandesa e a resistência contra a influência britânica, diz muito sobre a defesa dos povos originários e minorias do Brasil!!
Lembra um pouco o Trainspotting e o longa e série Snatch e os outros filmes do Guy Ritchie.
Longa de estreia espetacular do diretor Rich Peppiatt, o Keneth Branagh que me desculpe mas é MUITO melhor que o Belfast.
O roteiro tem uma estrutura não convencional, e a fotografia é um dos pontos altíssimos com um estilo visual dinâmico, planos cuidadosamente compostos e multicoloridos e uma montagem acelerada, que obviamente vem acompanhada de uma trilha sonora eletrizante, que consegue colocar o espectador no meio da boate.
A rejeição do filme #Oscar2025 pode ser vista como uma metáfora cruel para o que é exatamente o tema central do filme: a resistência cultural e a luta contra a marginalização.
No filme, a banda Kneecap enfrenta dificuldades para ter sua música tocada nas rádios convencionais, pois suas letras em irlandês e seu posicionamento político desafiam normas estabelecidas. Da mesma forma, a exclusão do filme das indicações finais ao Oscar escancara o preconceito da Academia com filmes que abordam questões culturais e políticas sensíveis.
O trio principal está sensacional, mas o elenco traz várias outras boas interpretações com destaque para o Michael Fassbender que comentei recentemente aqui pela série A agência, que nem se compara, ele está muito melhor e mais autêntico nesse filme!
Nota 10! Kneecap - Música e Liberdade (2024) - IMDb
Disponivel em vários streamings.