Do criador da ótima série Succession, crítica social (leve...) sobre os mesmos relações contemporâneas do poder patriarcal "imbroxável" com a tecnologia.
Até a roupa dos personagens lembra os tais legendários que pagam caro para subir a montanha.
Três bilionários e um pobre multimilionário que ainda não conseguiu seu bilhão, isolados em uma mega mansão nas montanhas estadunidenses durante uma crise global alimentada pela desinformação e pela ascensão da inteligência artificial.
Oscilando entre o sarcasmo cômico ácido e o grotesco, ao longo do filme o generoso espaço físico da mansão vai se tornando claustrofóbico, em um campo de batalha ideológico e moral, mostrando os delírios de grandeza, a desconexão com a realidade e os perigos de concentrar poder tecnológico em poucas mãos.
A mansão se transforma numa espécie de centro de controle do apocalipse, pois pelo celular eles controlam mercados, governos e exércitos - e conspiram para matar um deles.
O resultado não é tão bom quanto o da série, o roteiro é um pouco repetitivo, mesmo a presença do experiente Steve Carell no elenco não segura o filme. Ficou parecendo uma mistura de Shark Tank com Big Brother.
Mesmo assim acho que vale a pena conferir para reconhecer que alguma coisa está fora da nova ordem mundial.
Além da série, a vibe do filme é a mesma de Triângulo da Tristeza e Infinite Pool e remete também ao bom A rede social, o isolamento da elite lembra um pouco O menu, Pelo lado cômico ácido parece um pouco Knives out. Já a atmosfera claustrofóbica dialoga com Ex Machina.
Nota 7.
Disponivel HBO e Prime.
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