Ótimo thriller dramático, bom roteiro e desempenho do elenco. Lamentável que não tenham mantido o título original do livro em que é baseado: "O mal nosso cada dia", de Ray Pollock.
Curiosa escolha de palavras para os tempos loucos em que vivemos, quando faltam tornozeleiras para tantas pessoas santas, nunca se matou tanto e de formas tão variadas em nome da religião e dentro de templos os mais diversos se cultuam as armas, o hedonismo, o egoísmo, a ganância, a desumanidade.
É mesmo muito confortável para a consciência culpada acreditar que existem seres maléficos (o diabo, ou qualquer outro nome que queiram dar...) que obsidiam e induzem as pessoas ao mal.
O que mais incomoda neste filme é o argumento - difícil de contrapor - lembrado por muitos, de Platus a Hobbes e Jesus, com figuras de animais ou de partes do corpo, de que o que contamina o homem não é o que entra nele.
É o meu gênero favorito de tragédia, então já sabem: começa ruim e só piora.
A história se passa no interior de Ohio (portanto não assista dublado, pois o sotaque é um elemento fundamental) envolvendo vários personagens entre os anos 1940 e 1970. Um veterano de guerra busca na fé e na religião uma tentativa desesperada e frustrada de salvar a esposa do câncer. O seu filho órfão de pai e mãe vai morar com os avós e é criado com uma irmã adotada, também órfã de mãe assassinada e desperta novamente a violência que aprendeu na infância, quando ela cai na lábia do homem santo da comunidade. Ao tentar escapar de tudo isso protagonista se envolve com um casal de serial killers.
Nota 9, recomendo só para quem tem santo forte.
https://www.imdb.com/title/tt7395114/
https://www.netflix.com/br/title/81028870
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