Indicado para melhor filme no Festival de #Berlim2021 e melhor filme em idioma não inglês no #Bafta2022.
Ótimo filme, leve, quase um curta metragem, 1h15min. Ótimo roteiro e montagem. Bela fotografia.
A sinopse é uma menina que se acaba de perder a avó e está ajudando os pais a limpar a casa dela, só esse argumento já seria rico o suficiente para o filme, que vai a fundo no tema da memória e do afeto. Ao explorar o bosque onde fica a casa ela conhece uma nova amiga da sua idade e tece com ela um laço afetivo retratado com extrema delicadeza pelo filme.
O filme trabalha com os conceitos de viagem no tempo de uma forma diferente e muito interessante.
A perspectiva das meninas sobre os pais, mas também sobre serem filhas também é outro imenso campo onde o filme transita com muita sensibilidade, desde a primeira cena, que mostra a menina se despedindo das senhoras internadas no asilo ou hospital onde a avó estava internada.
E navega também no oceano da maternidade, abordando as alegrias e tristezas que ela traz. Fica nas entrelinhas que os pais da protagonista não estão muito próximos.
Nesse sentido faz um bom conjunto com alguns filmes que concorrem ao #Oscar2022, como A filha perdida e Mães paralelas.
E de quebra ainda abre o pensamento sobre a morte e o sentido da vida.
O filme nos recorda, magnificamente que ser verossímil ou possível não são critérios que se aplicam aos sonhos e desejos das crianças.
Destaque para as duas atrizes mirins, Josephine e Gabrielle Sanz que me deixaram na dúvida mas pesquisando um pouco verifiquei que são mesmo gêmeas.
Nota 9, adorei!
https://www.imdb.com/title/tt13204490/
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