Bom filme, está cotado nas listas para o #oscar2023, mas acho que não merece, nem mesmo para melhor atriz.
Sou fã da Cate Blanchett e nesse novamente ela está muito bem e competente, mas não é o melhor trabalho dela.
A sinopse gira em torno de uma maestrina fictícia mas bem realista (o termo é discutido no filme) - Lydya Tár, retratada como uma artista genial - a primeira mulher a reger a filarmônica de Berlim.
Reserva uma catarse para quem estiver acostumado com disputa de poder em espaços meritocráticos - como a Universidade, por exemplo - e que por vezes podem ser bem injustas e gerar inimizades para toda a vida.
O filme começa bem lento e chato, com diálogos compridíssimos em monólogo para a atriz principal, mas à medida que os outros personagens vão sendo introduzidos o ritmo melhora, mas o final sai novamente do andamento, é bem abrupto e tem uma resolução pós clímax que seria francamente desnecessária ou poderia ser mostrada de outra forma.
Em comparação com She said, que também anda frequentando as listas, é bem melhor ao tratar o tema de gênero e poder.
Pelos motivos acima ele é quase interminável - 2h30... não é para o público médio que busca entretenimento leve. É tão comprido que apresenta os créditos antes de iniciar!!
E deixa no ar a pergunta: quanto do sucesso depende da genialidade e quanto depende do egoísmo e da ambição? Quais os limites da manipulação de tudo e todos por interesse? Inda mais no mundo da música erudita que junta os pântanos da academia com os da arte...
Por isso merece minha nota 7 a 8, mas não acho que vai ser o melhor da temporada.
https://www.imdb.com/title/tt14444726/
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