A Netflix tem um padrão que é elenco caro e roteiro ruim, raramente sai disso.
Infelizmente nesse caso não sai disso.
Indicação de atriz principal e coadjuvante para o #oscar2024.
Tanto a Jodie Foster quanto a Anette Banning tem ótimos filmes no currículo, mas é bizarro a academia ter esnobado a Julianne Moore e a Natalie Portman indicando o ótimo May December somente para roteiro original.
Para ser bem sincero o filme é chato pacas, possivelmente inclusive porque a protagonista na vida real resolveu mandar de roteirista ao lado da estreante Julia Cox.
Nada ofusca o mérito de realizar um sonho após os sessenta anos, mas conseguir contar a história no cinema exige mais do que a virtude de não desistir nunca.
Trata-se de um esforço biográfico da nadadora maratonista aquática Diana Nyad (a etimologia do nome é repetida à exaustão no filme) focando na suas várias tentativas de travessia a nado de Cuba até a Flórida, após os 60 anos de idade.
Os diretores ganharam o #oscar2019 pelo bom documentário Free Solo, esse até se parece um pouco, centrado na perseverança da protagonista, mas é bem pior...
O roteiro dividido com a nadadora peca pela falta de profundidade e excesso de repetição. A história se concentra nos feitos heroicos de Nyad (segundo li alguns detalhes até inventados ou exagerados, como por exemplo os encontros com tubarões e águas vivas), mas esquece de explorar as nuances de sua personalidade e motivações.
A própria abordagem da relação com a amiga representada por Jodie Foster que é o motor da história acaba morrendo na praia... A relação entre as duas personagens, crucial para a história, é mal explorada, privando o público de uma conexão emocional mais profunda com a trama.
A Annette Bening que eu adorei em Beleza Americana e também no recente Jerry and Marge que comentei aqui no blog entrega uma performance dedicada e convincente c capturando a força de vontade e determinação da nadadora, mas comparada com as outras duas que citei, fica bem abaixo...
Já a atuação da Jodie Foster é bastante forçada e o roteiro também não ajuda, seu papel é subdesenvolvido.
Na fotografia também da água, o filme fica dependendo dos efeitos especiais no meio de um oceano de possibilidades.
Conclusão: a nadadora chega mas o filme morre afogado.
Nota 5, não recomendo. Ou melhor recomendo para quem "não desiste nunca".
Mas que é injustiça com a Julianne Moore e a Natalie Portman, ah isso é.
Disponível netflix.
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