Estava com um pouco de preguiça de assistir esse, mesmo gostando muito de tragédia.
Com esse nome e sendo a história de um professor rabugento, nem precisa de spoiler.
Mas como teve 5 indicações para o #oscar2024, meu TOC falou mais alto e até dou uma nota 7.
Indicação merecidas de ator principal (Paul Giamatti), atriz coadjuvante (Davine Joy Randolph).
Trata de temas próximos, mas não chega a ser um Sociedade dos Poetas Mortos ou Gênio Indomável, mesmo assim foi indicado para melhor filme, roteiro e montagem, achei meio exageradas essas.
E olha que gostei de Nebraska o anterior do mesmo diretor.
Aliás, antes de falar dele até vale uma breve lista de outros filmes sobre professores e a face obscura do mundo escolar aqui do blog:
Meu favorito de longe é o Professor Substituto, competindo com Nota de Rodapé.
Recentemente assisti o ótimo Monster.
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A sinopse é o winter break de uma escola muito tradicional, em que o personagem principal tem que ficar cuidando de cinco alunos que, por diferentes motivos, não podem ir para casa e são obrigados a passar o feriado no colégio.
Aliás uma quebra do ritmo do roteiro que achei bem ruim é que dos cinco por um motivo fortuito fica somente um, de onde parte a trama que envolve também a cozinheira e o zelador da escola, cruzando em certos momentos com a secretária do diretor.
A narrativa é rica em detalhes, explorando os dramas e frustrações de cada personagem com humor ácido e sensibilidade. Bons diálogos, inteligentes mas às vezes flerta um pouco com xarope, pois a história se passa durante o Natal e Ano Novo, explorando o tema de família e solidão. Vai tentando dosar entre drama e comédia, deve ser por isso que foi indicado para melhor montagem.
Fica essa citação do professor que é mesmo boa, no momento em que ele leva o aluno no museu: " Não há nada de novo na experiência humana, Sr. Tully. Cada geração acha que inventou a libertinagem, o sofrimento ou a rebeldia, mas todos os impulsos e apetites do homem, do nojento ao sublime, estão expostos aqui ao seu redor. Então, antes de descartar algo como chato ou irrelevante, lembre-se, se você realmente quer entender o presente ou a si mesmo, você deve começar no passado. Veja bem, a história não é simplesmente o estudo do passado. É uma explicação do presente".
Nota 7, recomendo para os mais emotivos que vão rir e chorar.
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