Diretora estreante Agathe Riedinger, estreou em #Cannes2024 e se tornou um dos mais comentados do evento.
Bom argumento, uma reflexão sobre a saúde mental e os efeitos da cultura pop e das redes sociais sobre a identidade e autoestima da Geração Z, com uma crítica aos padrões estéticos excludentes e exposição constante nas redes sociais
A história acompanha Liane, uma jovem francesa de 19 anos que mora numa casa modesta no sul da da França. Inquieta, ela é movida por desejos de beleza, fama e pertencimento e quer a todo custo se tornar uma celebridade. A busca pela fama leva a participar de testes para um reality show que promete transformação e sucesso instantâneo.
O roteiro mergulha nos dilemas e contradições que envolvem a construção da autoestima em uma sociedade que exalta aparências.
Eu achei o ritmo excessivamente lento, com uma estética crua, meio documental, mostrando o cotidiano da jovem e revelando suas vulnerabilidades e frustrações. O ideal inalcançável começa a corroer sua relação com o corpo, com a família e a própria identidade. O sonho de ser descoberta se transforma gradualmente em um pesadelo e a tensão emocional cresce à medida que ela é forçada a confrontar a superficialidade da sua vida.
O filme tem um tom de lamento que vem sendo comum em filmes franceses, sobre o desaparecimento de uma cultura erudita no mundo contemporâneo.
Enfim, crítica ao mundo midiático, à cultura da celebridade e às estruturas sociais que perpetuam desigualdades de gênero e de classe.
O jeitão do filme me lembrou do vencedor do #oscar2021 Nomadland.
Um ponto alto é a forma respeitosa e cuidadosa de mostrar o corpo feminino.
Nota 7. Recomendo.
Disponível no MUBI e PRIME.