Junto com A crônica francesa, esse filme também ficou faltando entre as indicações do #Oscar2022.
Filme vencedor de melhor diretora, grande prêmio do júri e do público em #Sundance2021.
Em essência ele levanta as mesmas questões que o badalado Madre Paralelas.
Só que aqui o cenário é uma pequenina vila na região do Kosovo, em que a ausência dos maridos desaparecidos na guerra civil é ainda mais dolorida para as mães e mulheres que tentam sobreviver sem que sejam oficialmente declaradas viúvas, numa sociedade extremamente machista.
A protagonista tenta com dificuldade manter a colméia construída pelo marido para manter os filhos adolescentes e o sogro cadeirante. Ela enfrenta os homens da vila para conseguir tirar licença de motorista e mobilizar as mulheres da vila para produzirem artesanalmente e venderm o Ajvar, um tipo de molho feito com pimentões, muito popular nos balcãs.
Prosseguindo na #maratonacoen veja os outros pesquisando essa hash aqui no blog.
Tudo o que vende sempre pode vender um pouco mais.
Esse é uma refilmagem do filme homônimo de 1955, com Alec Guiness e Peter Sellers no elenco.
Boa comédia, humor ácido que é a marca dos irmãos Coen.
A sinopse é uma gangue de figuras exóticas, com o Tom Hanks bem exagerado liderando no papel de um pretendo professor universitário e músico. Eles alugam o porão de uma senhora para cavar um túnel e assaltar um cassino próximo à casa dela.
Indicação merecida a melhor figurino no #Oscar2022, e mereceria também melhor canção, escute abaixo.
Boa atuação do Peter Drinklage, que não precisa provar nada para ninguém, eu por exemplo acho Morte no Funeral um bom filme, mas para o bem ou para o mal vai demorar um tanto para ele desencarnar do Tyrion de Game of Thrones.
Cyrano de Bergerac é uma figura do séc. XVII, imortalizada em uma peça de teatro que embasou várias versões no cinema, inclusive a de 1990, estrelada pelo insuperável Gerard Depardieu, pela qual foi indicado a melhor ator no #Oscar1991.
Essa versão é um musical e é louvável a coragem da produção em marcar uma postura inclusiva na escalação do elenco, eu fico com a ideia de que é uma maneira de dizer que a Arte é para todas as pessoas, sem restrições ou limites, seja de deficiência ou de cor da pele.
Nesse sentido ele tem uma conexão com vários outros que estão concorrendo à premiação neste ano, como CODA, Drive my car e Audible.
Porém a métrica das letras cantadas pelo elenco atrapalhou bastante, ao ponto de eu achar que a música abaixo poderia muito bem ganhar melhor canção e ser um superhit - se fosse gravada por alguma diva de plantão como a Celine Dion, achei até que era dublada, mas não é mesmo a voz do Peter e da Haley Bennet. a música se chama Overcome:
Foi a que mais gostei, igualmente a melhor cena. A melodia é mesmo muito boa e acho que ficou desperdiçada no filme! Também não curti muito as coreografias, mas elas ajudam a ressaltar o figurino, pelo qual o filme foi indicado.
Este filme está indicado a três categorias no #Oscar2022: melhor documentário, melhor animação e melhor filme estrangeiro. Indicado ao #Bafta2022 de melhor documentário e animação. Vencedor de melhor documentário em #Sundance2021, dentre muitos outros prêmios.
Indicações e prêmios merecidos, ele usa uma linguagem híbrida, intercalando uma animação em 2d bem criativa com trechos de vídeos.
Traz a história ficionalizada de um dos roteiristas, Amin Nawabi que se refugiou na Dinamarca fugindo do Talebã.
O protagonista conta a sua saga dentro de um processo de análise terapêutica em que ele compartilha o seu percurso de descoberta da homossexualidade e os sacrifícios extremos enfrentados pela sua família para sair do Afeganistão.
O resultado ficou muito bonito visualmente e o filme consegue colocar de maneira muito respeitosa e tocante os temas pesados que são tratados.
Ele se parece muito com o documentário Midnight Traveler, vencedor em #Sundance2019, algumas situações são idênticas.
Documentário em curta metragem indicado ao #Oscar2022.
Conforme comentei sobre outro indicado Audible, os curtas indicados ao Oscar costumam se concentrar em temas que são muito particulares da cultura estadunidense, o que se aplica também nesse caso.
Traz a biografia de Lusia Harris, uma das maiores jogadoras vivas de basquete, tricampeã americana que conduziu o time quando a modalidade estreou nas olimpíadas em 1976.
O lado positivo é que junto com os demais filmes que concorrem nas categorias de documentário de longa e curta metragem, como Attica, Ascencion, Summer of Soul, Flee, 3 canções para Benazir e Lead me home, fazem um mosaico muito interessante que coloca em discussão temáticas de racismo e exclusão em diversos contextos e diversos pontos de vista.
Produção polonesa, indicada a melhor curta metragem no #Oscar2022.
Bom filme, pega na veia da temática da inclusão, a atriz principal é uma pessoa com nanismo.
Ela interpreta uma empregada de um hotel de beira de estrada no interior da Polônia, vivendo uma vida muito limitada em todos os sentidos, financeira e afetivamente, até que um dos caminhoneiros que frequentam o lugar demonstra um interesse por ela.
O título vem do esforço que ela tem que fazer para conseguir um vestido que ela goste para se preparar para um jantar romântico, pela primeira vez na vida.
Considerando que é um curta de trinta minutos, o filme é bem sucedido em colocar a temática do machismo, de uma maneira bem objetiva. Nesse sentido ele faz um conjunto muito interessante com os longas A filha perdida, Madres Paralelas e A pior pessoa do mundo que também concorrem ao #oscar2022.
O filme reconta a história da maior rebelião em uma prisão federal nos EUA. Em 1971, quando 1200 detentos tomaram o controle da prisão durante cinco dias, por melhores condições de vida no presídio.
O saldo foi de 39 mortos, incluindo 10 reféns.
Certamente vai aparecer quem queira comparar com o massacre do Carandiru, onde a rebelião começou com uma briga de grupos rivais e terminou com 111 mortos.
No Brasil escancaradamente fascista de 2022, em que Marielles, Moises e Amarildos continuam sendo assassinados tomara que esse documentário pelo menos chame um pouco de atenção para a tragédia e o caldeirão fervente que fingimos que não existe e que aceitamos que a elite abafe e reprima com bala, porrada e bomba.