Indicado a melhor ator e ator coadjuvante no #Oscar2025, no #Bafta2025, indicado a Palma de Ouro em #Cannes2024.
Para quem viu o programa de TV já entende de cara o título, mas esse filme é absolutamente uma ótima surpresa, dos dez indicados a melhor filme não vou ver Wicked porque não curto musical e Um completo desconhecido estou com um pouco de preguiça, então foi o que vi por último e me surpreendeu.
Parece que o filme é sobre o Trump, só que não... é sobre o mentor dele, Roy Cohn, que eu não conhecia... sempre comento que frequentemente falta para nós brasileiros o contexto para entender o cinema estadunidense e esse é mais um caso.
Entre os indicados a coadjuvante, eu gostei muito do Guy Pearce em O Brutalista, o Kieran Culkin também está muito bem em A verdadeira dor, o Edward Norton ainda não vi e o Yura Borosov em Anora, achei a indicação merecida mas não tem chance.
Esse pode entregar para o Jeremy Strong, que simplesmente roubou a cena.
Só depois que vi esse que caiu minha ficha que o indicado a melhor ator Sebastian Stan é o mesmo do bom Um homem diferente, indicado a maquiagem.
Esse é um filme essencial para entender melhor as origens e os impactos no mundo desse segundo governo Trump. Mostra a ascensão de Trump durante as décadas de 1970 e 1980. Mas como mencionei o foco é no mentor dele. Uma análise incisiva do pensamento da extrema-direita, encapsulado em personagens que personificam o extremismo e a complexidade das relações de poder e ambição.
Dirigido por Ali Abbasi, mesmo diretor do sensacional Holy Spider, indicado a Palma de ouro em #Cannes2022. O Border tem um tempão que está na minha fila.
Nova Iorque de cenário é sempre bacana, especialmente neste caso em que os personagens tem a essência da cidade opulenta, excludente, caótica e decadente. A trilha sonora também é bacana, misturando as composições originais com clássicos dos anos 70 e 80, bem como design de produção e figurino. Em muitos momentos a música lembra a ótima série Succesion em que o J Strong contracenou com o K Culkin.
O filme é controverso e caminha na linha fina entre apologia e crítica, na minha balança, deu mais a segunda, mas não tem com negar que imprime uma certa humanidade ao Trump jovem, especialmente em suas relações pessoais. No entanto, à medida que o filme avança, essa figura mais humana vai dando lugar ao sociopata fascista. Achei isso interessante também.
Enfim, não é exatamente uma biografia, como parece à primeira vista, para mim o Trump só parece o personagem pricipal, mas o filme é sobre o Roy Cohn, o que é uma metáfora espetacular da realidade, ao contrário do que possa parecer o homem que ostenta a imagem de mais poderoso do mundo não passa de uma marionete...
Depois de verem o filme, confiram os documentários sobre o Roy Cohn no youtube. Esses caras operacionalizaram o que atualmente chamamos de fake news.
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