Ótima ficção científica, bom argumento, bom roteiro, boa fotografia e trilha sonora, indicado ao leão de ouro em #Veneza2009.
Um dos melhores que já vi sobre memória e esquecimento, convida a refletir sobre o sentido da vida, o livre-arbítrio e o destino.
O problema do filme é a montagem, ficou muito comprido, 2h21min, dava para enxugar bem, sem prejudicar em nada.
A nota dele no imdb é merecidamente alta - 7.8. O roteiro é não linear e fragmentado, então se vc não se sente confortável com roteiros mais confusos e que exigem mais atenção do espectador, provavelmente não vai gostar.
A sinopse é o último mortal em um mundo onde todos se tornaram imortais graças a um tratamento genético. Ele está prestes a morrer aos 118 anos e relembra as diferentes escolhas que fez ao longo da sua existência. O pulo do gato do roteiro é que não dá para saber o que ele realmente escolheu ou gostaria de ter escolhido, dada possibilidade leva a uma realidade paralela, onde ele viveu uma história de amor, uma aventura, uma tragédia ou uma comédia.
O resultado é um clima totalmente onírico, complexo misturando elementos de fantasia, drama e humor. O espectador precisa estar atento para acompanhar as mudanças de cenário, tempo e personagem.
Por fim, o filme explora filosoficamente um dos maiores paradoxos cosmológicos - o universo é tão grande que fisicamente, o tempo não existe... é isso mesmo, ele faz todo sentido para nós que somos temporários, mas nenhum para a luz que viaja sem parar por aí. No espaço-tempo ele é meramente uma "dimensão" deformável por grandes massas...
Nota 8, recomendo!
Veja no Vimeo: Mr. Nobody - Senhor Ninguém - Dublado on Vimeo
Assistam o filme e depois confiram esse TEDx do Carlo Rovelli:
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