Eu curto demais o cinema iraniano, tem vários resenhados aqui no blog: Um herói, O passado, 3 Faces,
Indicado a Palma de Ouro em #Cannes2024, e ao do Globo de Ouro 2024 de filme em língua não inglesa. Provável concorrente do Ainda Estou Aqui no #Oscar2025, curiosamente como entrada da Alemanha...
Remete diretamente ao premiado Holy Spider, à opressão política e os recentes conflitos na sociedade iraniana em torno da moral e condição feminina no islamismo.
Outros que pegam essa temática, que já comentei aqui no blog:Souad, Aprendendo a andar de skate me uma zona de guerra, Incendies .
E um dos meus favoritos, do diretor Asghar Farhadi é Uma Separação.
Coloquei na minha fila outro do mesmo diretor, que já foi preso algumas vezes, para conferir: O mal não existe.
Rasoulof é conhecido por seu estilo de direção que combina realismo e simbolismo, criando narrativas que são ao mesmo tempo pessoais e universais. Nesse ele utiliza imagens reais dos protestos de 2022-2023 no Irã, misturando um pouco ficção e realidade.
A história gira em torno de Iman, um juiz de instrução recém-promovido no Tribunal Revolucionário de Teerã, que enfrenta uma batalha interna contra a paranoia e o esgotamento mental, em meio à agitação política de uma onda de protestos libertários desencadeada pela morte de uma jovem.
Quando sua arma pessoal desaparece misteriosamente, Iman começa a desconfiar de sua própria família, especialmente de sua esposa e filhas, impondo regras rígidas e medidas extremas que rapidamente minam os laços familiares.
A trama gira essencialmente em torno do poder masculino na família islâmica, com uma narrativa intensa e provocativa, questionando até onde a pressão pode levar uma pessoa e como isso pode transformar a dinâmica de uma família em tempos de crise.
Bom filme, bom drama, mas comprido demais: 2h47... e também não gostei muito do final, daí minha nota 6.
A cena do interrogatório que aparece no poster é excelente.
Nos cinemas.
https://www.imdb.com/pt/title/tt32178949/
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